Essa semana tivemos mais um exemplo de que nós somos os mestres mundiais na arte de pagar pau pra gringo! haha!
A vinda do príncipe Harry ao Brasil causou um verdadeiro furdunço na cidade maravilhosa. Desde Rugby de areia, à bandeira do Reino Unido no bondinho… já tinha gente até tomando a biritinha das cinco! Brincadeiras à parte, acho legal o fato de sermos receptivos com nossos visitantes, ainda mais quando estão sendo desenvolvidos projetos super bacanas em torno das Olimpíadas de 2016. Porém, é inevitável que citemos aqui o grande cantor (poeta!!!) Renato Russo!
Quem aí já parou para prestar atenção na letra da canção Índios do Legião Urbana? Acho que muitos de nós! Essa música versa profundamente a respeito do pano de fundo da nossa história enquanto país colonizado pelos Europeus. Porque será que ainda existem estes fortes resquícios de vassalagem para com os Europeus ou gringos em geral? Sempre que uma figura internacional vem nos visitar parece que somos aldeões sendo entretidos por tocadores de flauta, oferecemos nossa mais pura seda esperando em troca um sorriso de aprovação, um aceno que seja.
Fica ai para reflexão!
Índios
Quem me dera, ao menos uma vez,
Ter de volta todo o ouro que entreguei
A quem conseguiu me convencer
Que era prova de amizade
Se alguém levasse embora até o que eu não tinha.
Quem me dera, ao menos uma vez,
Esquecer que acreditei que era por brincadeira
Que se cortava sempre um pano-de-chão
De linho nobre e pura seda.
Quem me dera, ao menos uma vez,
Explicar o que ninguém consegue entender:
Que o que aconteceu ainda está por vir
E o futuro não é mais como era antigamente.
Quem me dera, ao menos uma vez,
Provar que quem tem mais do que precisa ter
Quase sempre se convence que não tem o bastante
E fala demais por não ter nada a dizer
Quem me dera, ao menos uma vez,
Que o mais simples fosse visto como o mais importante
Mas nos deram espelhos
E vimos um mundo doente.
Quem me dera, ao menos uma vez,
Entender como um só Deus ao mesmo tempo é três
E esse mesmo Deus foi morto por vocês -
É só maldade então, deixar um Deus tão triste.
Eu quis o perigo e até sangrei sozinho.
Entenda - assim pude trazer você de volta prá mim,
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do inicio ao fim
E é só você que tem a cura pro meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.
Quem me dera, ao menos uma vez,
Acreditar por um instante em tudo que existe
E acreditar que o mundo é perfeito
E que todas as pessoas são felizes.
Quem me dera, ao menos uma vez,
Fazer com que o mundo saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz ao menos obrigado.
Quem me dera, ao menos uma vez,
Como a mais bela tribo, dos mais belos índios,
Não ser atacado por ser inocente.
Eu quis o perigo e até sangrei sozinho.
Entenda - assim pude trazer você de volta prá mim,
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim
E é só você que tem a cura pro meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.
Nos deram espelhos e vimos um mundo doente
Tentei chorar e não consegui.
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